Cansada e doída
presa em grades que me esmagam a alma
despedaçam os sonhos
e cansam a mente.

Queria que às vezes o mundo não dependesse de seu sorriso bobo.
que eu não me depenasse, e que eu não me depredasse cada vez que não o arranco.

Queria que as vezes, ainda que uma só, eu dependesse apenas do ar pra respirar.
Sem essa sensação de sufoco. de que o ar vem de onde você está.

A confusão que sou
feito bola de neve
rolando, rolando, rolando
ficando maior a cada metro, a cada segundo, a cada pensamento...
Ficando forte demais, rápida demais para que eu consiga parar...
Será que um dia me esbarro em alguma parede de soluções eme desfaço
em pedaços de gelo que hão de derreter ao calor da certeza?

Nem percebe que acaba comigo...

A confusão me consome
me corrói
me controla
Faz eu me manter perdida de mim
tentando encontrar você
pra que?
se parece que com você não dá pra ser eu?
Ué, não é novidade.